Como se preparar para a chegada do bebê

Durante a gestação, você vai ter muitas questões práticas para resolver, da decoração do quarto até o que comer nos primeiros dias com o bebê em casa. Nas próximas páginas, contamos tudo o que precisa saber. Afinal, quanto melhor for sua organização, mais fácil lidar com tantas novidades no pós-parto

 

Deborah Bresser. Produção Fernanda Almeida Prado

“Eu só vou ser mãe quando estiver preparada. Você já deve ter ouvido isso, ou até dito algo bem parecido, mas está aí uma coisa na vida para a qual não existe uma maneira de se preparar inteiramente. A chegada de um filho é sempre acompanhada de um tsunami emocional, um verdadeiro redemoinho de sensações. Dá um frio na barriga (ocupadíssima, por sinal) danado! Ninguém nasce sabendo ser mãe, mas há uma lista de providências (bem grande) que pode e deve ser tomada para que você, de alguma forma, vá sentindo a ficha cair lentamente e facilite a sua vida no pós-parto.

De fato, enquanto o bebê está confortavelmente instalado aí dentro, é difícil prever como tudo vai ficar. Mas, quando você começa a preparar o quartinho dele, o enxoval, decide quem vai auxiliar você nos primeiros dias, como é que vocês vão pagar as novas contas… a vida real bate à sua porta e é preciso estar tinindo. Aqui, você vai encontrar um bom guia para ajudá-la a lembrar de cada um desses detalhes para que sua adaptação possa ser repleta de aconchego, atenção e carinho. Seu filho merece!

Vocês e mais um

Para quem ganha o primeiro filho, tudo muda. O seu namoradinho virou seu companheiro nessa aventura. Quanto mais ele participar durante a gravidez, mais conectado com a ideia vai estar quando o bebê chegar – por isso, nem pense em fazer todas as compras do enxoval com sua mãe. E, como os primeiros meses com uma criança em casa prometem ser cheios de novidades, vocês podem aproveitar o segundo trimestre da gestação ou o começo do terceiro para fazer um passeio especial – depois disso, os obstetras recomendam viagens curtas. E, claro, vale manter os hábitos de namoro, como jantar fora ou pegar um cineminha.

Quando o bebê nascer, por algum período, é inevitável que você dê muita atenção ao seu filho… e há maridos que chegam a ficar enciumados. Todo o resto deixa de ser prioridade, é natural. Se o pai estiver presente, participar e dividir as tarefas, vai ver que essa fase logo passa, afirma Lidia Aratangy, terapeuta familiar, autora de diversos livros, entre eles Novos Desafios da Convivência: Desatando os Nós da Trama Familiar (Ed. Rideel). É importante que ele esteja ao seu lado nesse começo. Infelizmente, por lei, o homem contratado tem direito a apenas cinco dias de licença-paternidade, a contar da data do parto, mas ele pode combinar de emendar as férias.

Quanto maior for a cumplicidade, melhor vocês vão lidar com essa fase. Os três primeiros meses são decididamente os mais difíceis, afirma Ana Karina Frota de Menezes, 31 anos, especialista em comércio exterior, mãe de Lucas, 3. Carinhos, massagens, sessão pipoca em casa estão liberados desde o começo, e a retomada da vida sexual, bem, essa acontece em até 40 dias após o parto (quando o obstetra libera a mulher, tenha sido parto normal ou cesárea). O importante, sempre, é que você se sinta confortável com a situação.

 

Mudanças dentro e fora de casa

O primeiro lugar que você vai ter de pensar é no quarto dele – uma das partes mais divertidas da gravidez, sem dúvida. Fica a dica: as lojas têm um prazo de entrega que varia entre 45 e 60 dias corridos. Por isso, o ideal é decidir o mobiliário quando estiver por volta do quinto mês. Para gestações que incluem épocas como o final do ano e o Carnaval, vale refazer a conta para que o prazo de entrega não seja motivo de ansiedade. Mas, atenção: seu filho não vai usufruir do novo quarto assim que sair da maternidade, ao menos não à noite. A Academia Americana de Pediatria revisou recentemente as recomendações sobre o melhor jeito de o bebê dormir e, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), passou a recomendar que a criança durma no quarto dos pais (não na mesma cama) nos primeiros seis meses, porque, diante de qualquer problema, o adulto pode intervir rapidamente.

Antes mesmo de o bebê chegar, outros cômodos vão ganhar novos acessórios. Uma banheira vai ter que caber no seu banheiro. Deve estar na altura da sua cintura (para não forçar a coluna), vir com mangueira (mais fácil para esvaziar), com cesto (para acomodar itens de higiene e até mesmo brinquedos), espaço para pendurar a toalha e encosto antiderrapante. A sua sala, provavelmente, vai ganhar um carrinho na decoração. Pense onde ele vai ficar – os modelos guarda-chuva, que ocupam menos espaço, são uma boa opção. Muitas famílias, pensando nos riscos que o bebê pode correr quando começar a engatinhar, por exemplo, preferem já providenciar itens como plugs para cobrir as tomadas, redes de segurança para as janelas, protetores de quina e grades para escadas.

Outro item de segurança importantíssimo é a cadeirinha do carro, que deve ser comprada antes de ele nascer e ter o selo do Inmetro. Se seu bebê sair do hospital e for no colo no seu carro ou em qualquer outro veículo (exceto táxis, vans e ônibus), o motorista pode ser multado em R$ 191,54 e levar sete pontos na carteira de habilitação – o uso desse dispositivo de segurança é obrigatório de 0 a 7 anos e meio. O produto deve ser instalado no meio do banco traseiro, de costas para o painel. Compre em um lugar que, de preferência, faça ou ensine a instalação. Não colocamos a cadeirinha antes (no carro) para ver como funcionava. Só no dia, quando eu saí da maternidade, na cadeira de rodas, que meu marido começou a tentar pôr a cadeirinha. E coloca de um lado, coloca de outro. Olha, foi outro parto, afirma Ana DellAquila, 32 anos, gerente de vendas, mãe do Lorenzo, 4.

Fonte: Revista Crescer

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