Amamentação pode evitar 823 mil mortes infantis por ano

Não só isso, também previne 20 mil mortes por câncer de mama


Fonte do Site: iStock

Notícia quente: saiu o primeiro estudo encomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para mapear os padrões globais de amamentação. O objetivo foi relacionar o resultado com a preservação da saúde de crianças e mães e adivinha: são muitos benefícios. Além de prevenir a mortalidade infantil, reduz as hospitalizações por doenças infecciosas na infância e a má-formação dentária, aumenta a inteligência e reduz a ocorrência de sobrepeso e diabetes.

A pesquisa avaliou dados de 153 países, de 1995 a 2014 e concluiu que o leite materno, em nível quase universal, poderia prevenir 823 mil mortes de crianças menores de cinco anos por ano e evitaria, no mesmo período, 20 mil falecimentos por câncer de mama. A notícia é mais uma comprovação da importância da amamentação e o estudo já é o segundo colocado da 17ª edição do Prêmio Péter Murányi, entidade organizadora da premiação.

O resultado mostra quais os países e regiões devem ser reforçadas as campanhas de aleitamento. Vera Murányi Kiss, presidente da Péter Murányi, ressalta que, nos países de baixa e média renda, apenas 37% das crianças são amamentadas. Esse número assusta, já que é um direito da criança, uma maneira básica da alimentação.

A série da The Lancet, publicação que veiculou o estudo de Cesar Victora, médico epidemiologista, professor emérito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), aponta que se as taxas de amamentação dos Estados Unidos, China e Brasil aumentassem para 90%, e se esses mesmos índices subissem para 45% no Reino Unido, haveria uma diminuição de custos com tratamentos para doenças comuns na infância de aproximadamente US$ 2,45 bilhões nos Estados Unidos, US$29,5 milhões no Reino Unido, US$223,6 milhões na China e US$6 milhões no Brasil.

Vale lembrar que o estudo foi feito a nível quase universal, ou seja, com várias famílias de diferentes lugares do mundo, inclusive com populações que não têm acesso à higiene para cuidar do filho. Por isso, dr. Claudio Len, pai de Beatriz, Silvia e Fernando, tranquiliza as mães que não podem amamentar. “Não dá para comparar uma criança que não tem acesso à água limpa com uma que tem higiene de qualidade.” Ainda ressalta que em uma população com acesso à saúde de qualidade, a informação não tem tanta força, ou seja, sem culpa.

Fonte do Site: www.paisefilhos.uol.com

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